A ametista tem coloração púrpura e aparece como a gema mais valiosa do grupo do quartzo. Reflete o raio violeta, uma das cores para o centro coronário e 3º olho. A cor varia de muito escura, passando pelo púrpura, até um violeta delicado. Se ficar exposta à luz do sol, durante um período prolongado, perderá a sua cor. O seu nome deriva do grego amethistos que significa “não bêbado”. Plínio, na sua obra História Natural, afirma que é mais provável que o nome derivasse da sua cor, que se assemelhava à do vinho tinto.
Os Persas colocavam-na sobre o estômago para evitar que se embriagassem e os Gregos talhavam taças de ametista com o mesmo objetivo. No Egito, os soldados usavam-na talhada em forma de escaravelho para se protegerem do medo e da morte. No tempo das Cruzadas, era pregada ao rosário para proteção. Na Idade Média, era utilizada como talismã contra a magia negra. Existia a crença de que a ametista muda de cor quando colocada junto de comida envenenada. Ao longo dos séculos, esteve associada à realeza e ao poder imperial. A ametista pode ser encontrada em diversas joias reais, especialmente da nobreza inglesa e francesa. Era a pedra favorita de Margarida de Valois, a esposa de Henrique IV e da Imperatriz Catarina, a Grande.
Foi muito utilizada pela Igreja Católica pois acreditava-se que auxiliava no celibato e conferia ao seu dono sinceridade. Rapidamente tornou-se num símbolo de devoção e humildade. Em 1534, o Papa Clemente VII, gravemente doente, teria sido salvo pelo pó de uma ametista. Ainda hoje, os bispos usam um anel de ametista no dedo anelar direito para expressar a sua espiritualidade.
Os monges do Tibete utilizam os terços em ametista para se concentrarem e expulsarem os pensamentos impuros. Na cultura oriental, esta pedra violeta é colocada no chacra do 3º olho e tem uma forte ligação com Buda. Leonardo Da Vinci escreveu que a ametista era capaz de dissipar os maus pensamentos e de aumentar a aprendizagem. Moisés descreveu-a como um símbolo do Espírito de Deus. Segundo a mitologia grega, Ametista foi vítima da fúria de Dionísio, o deus do vinho. Este, assediou-a mas foi desprezado. Como vingança, Dionísio lançou-lhe tigres enraivecidos. Ártemis, deusa da caça e da castidade, para a proteger, transformou-a num cristal límpido e puro. Arrependido, Dionísio derramou um belo cálice de vinho sobre o cristal, conferindo-lhe uma cor violeta.
No nível físico, diminui a dor, em especial da garganta, cabeça e dentes. Acalma a tosse e, debaixo da almofada, evita insónias e pesadelos. Equilibra o sistema hormonal, fortalece o sistema circulatório e, por extensão, o imunológico. É eficiente no tratamento do alcoolismo e enxaquecas. É excelente para problemas pulmonares. Auxilia em caso de tristeza e até em depressões. Elimina a raiva, o medo e a ansiedade. Quando colocada no 3º olho, estimula a glândula pituitária e pineal.
Ajuda-nos a manter o equilíbrio em todas as situações pois encoraja o auto-controlo e estabilidade. É uma das melhores pedras para se usar na meditação pois facilita a visualização, acalma o sistema nervoso e aumenta a nossa intuição. É uma pedra que representa a alquimia, seja ela de natureza física, emocional ou espiritual.
PALAVRAS-CHAVE: HUMILDADE, SERENIDADE, CURA
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