Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses. Rubem Alves
A Páscoa celebra a ressurreição de Jesus Cristo e o seu dia vai variando de ano para ano. Ela decorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera. Isto significa que esta data está intimamente ligada aos ciclos da lua o que a torna mais especial. Independentemente das nossas crenças religiosas, a Páscoa possui um ensinamento muito belo: a transcendência do sofrimento. A jornada espiritual é um processo de autoconhecimento e de superação de obstáculos que abarca morte, perda, renúncia e dor. Só depois deste processo estar completo é que ocorre a transformação. Somos como a lagarta que entorpece no casulo para depois renascer borboleta. Quando a observamos vemos apenas a sua beleza e não nos lembramos que já foi uma larva e que, na fase da crisálida, sofreu uma espécie de morte. Nascer, morrer, renascer… e voar. Eis as fases da vida.
Na Páscoa, a Alma agita-se um pouco mais. É normal sentirmos alguma dor, tristeza ou nostalgia. É a Alma a dar sinais mais fortes para nos alinharmos com o nosso propósito.Trata-se de uma altura delicada pois nem sempre estamos disponíveis para abraçar mudanças, mas que, no fundo do coração, sabemos que as temos de fazer. A necessidade de metamorfose da Alma começa internamente.
Para nos ajudar a passar com serenidade esta fase, aconselho a sodalita pois fortalece o nosso corpo, equilibra as emoções e ajudar a perceber melhor o que é verdadeiramente essencial para a nossa vida. Meditar, andar com ela durante o dia, colocá-la no chacra da garganta e do coração ajudará a estarmos mais tranquilos e a dar-nos coragem para realizar mudanças para a Alma poder voar como uma bela borboleta num jardim.